quarta-feira, 26 de setembro de 2018

13o. Festival do Cinema Italiano



Dia 25 último no Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer, deu-se a abertura do 13o. Festival do Cinema Italiano no Brasil,  promovido pela Câmara Italiana de Comércio e Indústria presidida por Nico Rossini.

Mais de mil convidados participaram de elegante coquetel que teve a apresentação do filme "Come um Gatto in Tangenziale"(Como um gato na marginal), que levou a todos á gargalhadas pelo ótimo texto e produção dirigida por Riccardo Milani, tendo os atores Paola Cortellesi e Antonio Albanese como protagonistas.

O mestre de cerimônia da noite foi o ator Carmo Della Vecchia onde brilhantemente saudou autoridades, personalidades da vida artística e convidados na elegante noite.

Confiram alguns flashes da noite!

O ator Carmo Della Vecchia, mestre de cerimônia


Aline Saadia e os modelos Hugo Medeiros e Guilherme Maia
Nelo Marancini e Nico Rossini


Dr. Sérgio Bernardo, Liana Della Casa e Fernando Rodrigues

Ana Karin Andrade

Caetano Zonaro e Fernanda Heringer

Ovaadia Saadia, Desirèe, Liana, Sula  Gava e Nando Lopez

Dr. Roberto Martins Figueiredo "dr. Bactéria", Anna Dennz, Chris Bueno e Nando Lopez





Ovaadia Saadia entrevista o modelo Caetano Zonaro






quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Hotel Tennessee


O que pode haver em comum entre uma mansão nos Campos Elísios, em São Paulo e um hotel no French Quarter, em Nova Orleans? Construções magníficas, construídas por uma elite endinheirada em época áurea: lá por conta do algodão e aqui, pelo café! E com a decadência dessas monoculturas estes bairros entram em declínio. A Cia Boa Vista resolveu estrear, em 10/08, Hotel Tennessee, peça imersiva e itinerante, na qual o público interage com personagens de Tennessee Williams, enquanto assiste a trechos curtos de 12 peças do autor que se passam no lobby, salas e quartos da Casa Don’Anna, encravada na Rua Guaianazes, 1149. 


Ao longo de sua vida Tennessee Williams morou em pensões e hotéis, até morrer por asfixia, engasgado pela tampa de um colírio, em 1983, aos 71 anos, no seu quarto no Hotel Elysee, em Nova York. E ele retratou em dezenas de peças esses personagens incompreendidos, marginalizados, a quem não resta outra opção a não ser vagar pelo país, fugindo de um passado, buscando uma verdade própria. Transitando e vivendo por entre hotéis, pensões, quartos alugados, dependendo, assim como a famosa personagem – Blanche Dubois – da bondade de estranhos.

Após a exitosa montagem de Uma Peça Por Outra, de Jean Tardieu, estreada em 2017, a Cia Boa Vista (Ex Grupo Das Dores) ganhou o PROAC para levar à cena o resultado de dois anos de estudos de diversas obras do autor, liderados por Ana Lys e Brian Penido Ross, realizados no Grupo de Estudos do TAPA. Ana Lys estudou teatro na Stella Adler Studio of Acting, em Nova Iorque e na Royal Shakespeare Company, em Stratford-Upon-Avon e em Londres. Brian Penido Ross é membro do Grupo Tapa há 35 anos.

Enfim, embora apresentar Tennessee Williams seja desnecessário, resta responder: Por que montar peças curtas e esquecidas, peças escritas nos anos 30 e 40, antes do dramaturgo encontrar a sua glória? Respondemos que ele deu voz a todos os incompreendidos, a todos os marginalizados, a todas as minorias, a todos os sem voz, sem lugar de fala, a todos os esquecidos da sociedade do Bem-Estar Social das democracias capitalistas. Vivemos hoje em nosso país, uma situação muito parecida à da América nos anos 30 e 40, entre a Grande Recessão, de 1929 e a II Guerra Mundial. Aqui, também, estamos vivendo uma brutal recessão, onde uma parcela significativa da população passa pelas mesmas privações, inconformidades e incompreensão. Mas esta resposta não passaria de boa intenção, se não fosse Tennessee um grande escritor, dramaturgo, poeta e romancista, que soube botar no papel a dor da alma humana dos pobres de espírito e dos derrotados.

HOTEL TENNESSEE estreia em 16 de agosto na Casa Don’Anna 

Peça é encenada em casarão restaurado dos Campos Elísios que vai abrigar o hipotético Hotel Tennessee com hóspedes
que habitam os clássicos de Tennessee Williams 

Livremente baseado em 12 peças de Tennessee Williams 

As cenas escolhidas para compor o Hotel Tennessee foram retiradas de peças curtas estudadas no período de dois anos pelo grupo de estudos aprofundados de Tennessee Willians do Grupo Tapa.

que habitam os clássicos de Tennessee Williams

Livremente baseado em 12 peças de Tennessee Williams

As cenas escolhidas para compor o Hotel Tennessee foram retiradas de peças curtas estudadas no período de dois anos pelo grupo de estudos aprofundados de Tennessee Willians do Grupo Tapa. 





   
   

















Hotel Tennessee estreia em 10/08, uma peça para o público interagir com personagens criados pelo dramaturgo e escritor norte-americano Tennessee Williams. Um espetáculo interativo, imersivo e itinerante com cenas de trechos curtos de 12 peças do autor que ocorrem simultaneamente e se passam no lobby, salas e quartos da Casa Don’Anna, encravada na Rua Guaianazes, 1149.

As peças curtas de Tennessee escolhidas para esta montagem retratam o mesmo “tipo” de ser humano e embora tenham sido escritas em momentos diferentes de sua carreira, se referem aos seres incompreendidos, renegados, marginalizados, e que por muitas vezes sofrem preconceito e abuso da sociedade por não se enquadrarem nos padrões estabelecidos, restando a eles vagarem em busca de encontrar um lugar de pertencimento.

Por que montar peças curtas e esquecidas, peças escritas nos anos 1930 e 1940, antes do dramaturgo encontrar a sua glória? “Primeiramente falaríamos que Tennessee foi um grande escritor, dramaturgo, poeta e romancista que soube botar no papel a dor da alma humana dos pobres de espírito e dos derrotados. Foi ele quem deu voz a todos os incompreendidos, a todos os marginalizados, a todas as minorias, a todos os sem voz, sem lugar de fala, a todos os esquecidos da sociedade e do bem-estar social das democracias capitalistas”, diz Brian.

“Vivemos hoje no Brasil uma situação muito parecida a da América nos anos 1930 e 1940, entre a Grande Recessão, de 1929 e a II Guerra Mundial. Aqui, também, estamos vivendo uma brutal recessão, onde uma parcela significativa da população passa pelas mesmas privações, inconformidades e incompreensão’, acrescenta Ross.

A proposta deste pout-pourri de Tennesse Willians permite que o público retorne ao “Hotel” mais vezes para conhecer os outros desfechos das cenas, pagando meia-entrada mediante a apresentação do primeiro ingresso, e assim vivenciar diferentes personagens.


Um Portal de entrada nos anos 1930/1940

Há algo em comum entre uma mansão nos Campos Elísios, em São Paulo, e um hotel no French Quarter, em Nova Orleans? Construções magníficas feitas de encomenda por uma elite endinheirada de uma época áurea: lá por conta do algodão e aqui, pelo café, que entraram em declínio com a decadência dessas monoculturas.

Ao longo de sua vida Tennessee Williams morou em pensões e hotéis, até morrer por asfixia, engasgado pela tampa de um colírio, em 1983, aos 71 anos, no seu quarto no Hotel Elysee, em Nova York. Ele retratou suas peças os personagens incompreendidos, marginalizados, a quem não resta outra opção a não ser vagar pelo país, fugindo de um passado, buscando uma verdade própria. Transitando e vivendo por entre hotéis, pensões, quartos alugados, dependendo da bondade de estranhos, assim como a famosa personagem Blanche Dubois, de Um Bonde Chamado Desejo.

A encenação será diferenciada, saindo do tradicional palco italiano, para uma “visitação” a um espaço, pois teremos um “hotel”, uma recepção- bar, onde tudo se inicia e se comunica, um espaço em comum entre as diferentes histórias que serão apresentadas e que a partir dali serão direcionadas a outros ambientes dando continuidade às histórias previamente apresentadas, dando diferentes opções ao espectador.

O cenário será composto de dois ambientes de um hotel, o Hotel Tennessee, que irá mostrar seu ar decadente, porém com resquícios de uma época suntuosa, e apesar de ter uma decoração antiga e ultrapassada, e estar sem manutenção, ainda restam indícios de que um dia foi um lugar charmoso, e bem frequentado.

O primeiro ambiente, onde se passa a maior parte da peça, seria a reconstituição de um saguão de um hotel sulista americano. Dividido em recepção com front desk, sala de espera, com dois sofás e duas poltronas, bar com duas mesinhas e lojinha de souvenir. Tapetes desgastados cobrirão o chão e cortinas e sofás puídos e com alguns buracos, irão mostrar o tal ar decadente.

“Esse projeto surgiu a partir da necessidade de expor o que é trabalhado e vivenciada nos grupos de estudos, que ocorrem permanentemente no galpão do grupo TAPA. O grupo de estudo de Tennessee Williams surgiu em 2009 e continua até hoje, onde os alunos leem, ensaiam, estudam, assistem palestras, documentários, e filmes. Esse estudo intensivo do autor culminou em traduções de 26 peças curtas dos livros: Mr. Paradise e Outras Peças em Um Ato e de 27 Carros de Algodão e Outras Peças em Um Ato, lançados pela Editora É Realizações, além de mais dois volumes e também o espetáculo Alguns Blues do Tennessee — de 3 peças curtas — que estreou, no Viga Espaço Cênico em 2011.

Hotel Tennessee foi criado para viabilizar e transformar em cena o que foi ensinado em sala de aula, e que se desenvolveu ao longo desses dois anos, de tal maneira que pôde trazer o que foi aprendido ao conhecimento do grande público, de uma forma interativa e lúdica, por meio do incentivo cultural do governo do estado, diz Ana Lys, que ao lado de Brian Penido Ross, realizam o Grupo de Estudos do TAPA.

Ana Lys estudou teatro na Stella Adler Studio of Acting, em Nova Iorque e na Royal Shakespeare Company, em Stratford-Upon-Avon e em Londres. Brian Penido Ross é membro do Grupo Tapa faz 35 anos.

Sinopse:

Peça interativa, imersiva e passeante por uma mansão nos Campos Elísios. Em um hotel de Nova Orleans, na década de 40, o público interage com personagens de 12 peças de Tennessee Williams. Entre eles, Blanche Dubois (Um Bonde Chamado Desejo) e Maggie (Gata em Telhado de Zinco Quente) as cenas serão exibidas no lobby, saguão, salas e quartos da Casa Don’Anna.


Serviço: 

Casa Don’Anna: Rua Guaianazes, 1149; Campos Elísios
Tel: 992339343
Quinta às: 20h; Sexta, às 21h e sábados às 19h e 21h / Domingo, às 17h30 e
19h30.
Preçõs: R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia
Estreia: 10/8
Temporada até 30/9.

Gênero: Comédia Dramática
Capacidade: 25 pessoas por ambiente
Durção – 75 minutos

Ficha Técnica:

Direção: Ana Lys e Brian Penido Ross
Texto: Inspirado em 12 peças de Tennessee Williams
Dramaturgia, Cenário e Figurino: Ana Lys

Elenco: Brian Penido Ross, Ana Lys, Augusto dos Santos, Suzana Muniz, Fernando Medeiros, Marcelo Schmidt, Alessandra Lia, Klever Ravanelli, Jéssica Monte, Suel Silva, Felipe Souza, Gabriela Westphal, Thiago Merlini, Laura Ishikawa e Jean Le Guévellou.

Hotel Staff: Alyne Montenegro, Daniel Di Sevo, Edgar Pedro, Ewerton Novaes, Juliana Tolentino e Tony Filho.

Produção Geral: Ana Lys.
Assistentes: Ewerton Novaes, Juliana Tolentino, Alessandra Lia e Tony Filho
Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro/Ofício das Letras

Peças de Tennessee Williams nas quais Hotel Tennessee é livremente baseado:
No Bar do Tokio Hotel

Miriam – Ana Lys 
Mark – Brian Penido Ross 
 
O Quarto Rosa 

Helen – Ana Lys
George – Brian Penido Ross 
 
Essas São As Escadas Que Você Tem Que Vigiar
 
Carl – Fernando Medeiros
Jovem – Thiago Merlini
Mr Kruger – Klever Ravanelli
Miss Wire – Suzana Muniz
Roxy – Jessica Monte
Daisy – Gabriela Westphal 
 
Por Que Você Fuma Tanto, Lily

Mrs Yorke - Suzana Muniz
Lily – Jessica Monte 

Essa Propriedade Está Condenada
Willie – Gabriela Westphal
Tom – Felipe Souza 
 
Adão e Eva Em Uma Balsa

Mr Lawrence – Marcelo Schmidt
Miss Peabody – Suel Silva 
 
27 Carros de Algodão

Flora – Laura Ishikawa

Vicarro – Jean Le Guévellou 
 
A Dama da Loção Anti Piolho

Miss Hardwicke-Moore – Jessica Monte
Miss Wire – Suzana Muniz 
 
Mr Paradise

Paradise – Augusto dos Santos
Moça – Suel Silva 
 
Um Bonde Chamado Desejo

Blanche – Alessandra Lia
Jovem – Thiago Merlini 
 
Gata em Telhado de Zinco Quente

Maggie – Alessandra Lia
Brick – Marcelo Schmidt 
 
Doce Pássaro da Juventude

Princesa – Alessandra Lia
Chance – Marcelo Schmidt

Casa Don’Anna

O casarão na esquina da Rua Guaianases com a Alameda Nothmann, em Campos Elísios, foi inaugurado em setembro de 2017. O proprietário, que recebeu a casa há dois anos, batizou o local de Casa Don’Anna em homenagem à sua avó Anna Silva Telles, primeira moradora do imóvel. O casarão é alugado para eventos e tem espaço de coworking; o porão abriga o Café Paulista; e o quintal batizado de Jardim das Orquídeas é um ponto de encontro para amantes da planta.

Construída em 1912 com projeto do escritório de Ramos de Azevedo, a Casa Don’Anna foi tombada pelo Estado em 2013 dentro do “Conjunto de Imóveis do Campos Elísios”.

Imperdível!!!!!!!